O penúltimo dia do Troféu das Ilhas 2024 foi marcado por uma experiência inesquecível para os velejadores. O dia começou de forma absolutamente normal em Ubatuba. Tempo encoberto, calor, vento fraco.
Tudo como previsto para a realização da regata mais longa da séria, o contorno da Ilha da Rapada. Comissão de Regatas e veleiros a postos, na área pós boqueirão da Ilha Anchieta. Sinais de procedimento e tiro de largada correndo normalmente.
Um minuto para a largada: tempo bom. Vento moderado.
Literalmente no momento da largada, uma rajada entre 25 e 30 nós, acompanhada de chuva grossa surgiu dde forma inesperada, não dando tempo sequer de rizar velas na largada iminente. Assim começou a regata de hoje.
Ao contrário de uma situação mais comum na região, o vento permaneceu constante, na faixa dos 25 nós durante quase todo o percurso da regata, engrossando o mar e representando um desafio para quem rumava para a Rapada. A situção inesperada fez com que boa parte da flotilha optasse por abandonar a regata, pensando em segurança, já na primeira meia hora de competição.
Aqueles que continuaram encararam muita “água na proa” no forte contravento até chegarem à ilha.
Após o contorno da Rapada, parecia que o vento que continuava na mesma direção iria favorecer a perna de volta. Parecia….
Mais ou menos no meio do caminho, tudo acalmou, até demais. O vento caiu para quase zero e a chegada exigiu mais manobras das tripulações para vencer a ondulação e a correnteza.
O Super Bakanna, de Alexandre Dangas foi o primeiro a concluir o difícil trajedo de hoje em 05h17’10”.
Mesmo no tempo corrigido o Super Bakanna foi o vencedor da regata, com pouco mais de três minutos à frente do Mais Rabugento Cognac Sails, de Pedro Henrique Gonçalves. Em terceiro, na classe, o Bella Luna, de Zek Reis.
Na RGS Cruiser, o Maria Preta, de Anderson Marcolin foi o vencedor.
Os veleiros da classe Multicasco optaram por retornar e não terminaram a regata.
Na premiação especial da Ranger 22 o Lucnan, de Elezier Solidônio, assumiu a liderança do campeonato, ao vencer hoje. O Winner, de Nancy Marton, vem em segundo, seguido do Cisco Kid, de Norival Faria Jr e do Radiance, de Maurício Linhares.
A 15ª Edição do Troféu das Ilhas se encerra amanhã, com a realização prevista da regata que contorna a Ilha das Cabras. Ao final do dia acontece a premiação no Ubatuba Iate Clube.
Em sua 15ª edição o Troféu das Ilhas vai homenagear um barco que marcou história na vela de Ubatuba. O Think Sea, que na década de 1980, foi um dos pioneiros veleiros da região a disputar regatas conceituadas pelo litoral, não demorando a se sagrar um grande vencedor.
“Foram, na realidade quatro ‘Think Seas’. Comecei com um Multimar 31. Eu era sócio do Ubatuba Iate Clube, em uma época em que na Ribeira havia apenas o Píer da Sudelpa (píer da Aumar). Minha história na vela começou com meu amigo Hélio Setti. O Vagabundo, com o qual ele deu a volta ao mundo, foi o primeiro veleiro em que eu entrei. Daí peguei gosto e logo comprei o primeiro Think Sea”, relembra Rubens.
Corria a década de 1980 e Rubens logo convidou alguns velejadores que ainda hoje estão ativos aqui em nossas regatas para integrar a tripulação: Claudinei “Capa Gato” e Zequinha Reis. A eles logo se juntaram os irmãos Manfred e Renato Kaufmann. “E também a velejadora Maria Adélia”, ressalta Rubens.
Zequinha Reis, logo se tornou marinheiro e um dos mais assíduos tripulantes do barco:
“O Rubens queria velejar em Ilhabela com o seu Velamar 31, justamente o Think Sea, mas ele não tinha uma tripulação. Foi quando nos convidou a formar a equipe do barco. Aí começou a minha história no think Sea.
Ele já era sócio do Ubatuba Iate Clube, onde o barco ficava e, daí em diante eu e Capa passamos a ser os proeiros do think Sea”, relembra Zequinha.
“Logo depois se integraram à equipe os irmãos Kauffmann, (Manfred e Renato). Com eles corremos algumas regatas com o Velamar 31, mas logo o Rubens troucou o barco pelo Velamar 34 e já no ano em que foi lançado ao mar, em 1988, fomos campeões paulista e também Brasileiros, um campeonato realizado em Búzios.
“Na verdade o Velamar 34 foi feito sob medida para nós”, recorda-se Rubens. Fomos diversas vezes ao Rio, eu e o Renato Kaufmann, para acompanhar sua construção, a posição das catracas, dos stoppers, enfim, para que tudo ficasse do jeito que o Renato, principalmente, queria. Com ele velejamos muito e ganhamos muitas regatas”, conta Rubens.
Depois desta experiência com os dois Velamar e com uma equipe entrosada e já acostumada conquistas, foi a hora de trocar por outra embarcação, mais leve e veloz, como lembra Zequinha:
“O antigo “Manos Too” foi comprado pelo Rubens em Ilhabela. O barco estava meio abandonado e passou por uma pintura para ficar todo branco e receber o nome think Sea.
A tripulação permanecia a mesma. Quase não trocávamos. Só quando um ou outro tinha algum compromisso familiar. Às vezes eu deixava a proa para timonear. Quando o Manfred não estava eu passava para o leme e o Capa fazia proa”, recorda Zequinha.
Em um artigo chamado “Think Sea, o prazer de competir”, Renato Kaufmann narra as primeiras impressões que teve ao conhecer o barco:
“Tudo começou em setembro de 1987, durante uma regata em Ubatuba, quando nosso grande amigo e comandante Rubens “Zezé” Azevedo, convidou-nos, meu irmão Fips e eu, para fazermos parte da tripulação do Think Sea, um Velamar 31″. Nunca havíamos velejado tal barco e não conhecíamos o potencial do barco e da tripulação. Tomamos um grande susto ao entrarmos na cabine e deparararmo-nos com panelas, cobertores, lençóis e mantimentos para mais de uma semana. Após convencermos o Zezé da necessidade de aliviarmos peso e de alguma regulage no mastro, fomos para a raia e acabamos vencendo a série”.
“Foi bem assim mesmo”, diverte-se Rubens. Eles me convenceram a aliviar peso no barco e fomos para as regatas. Começava ali um período de grandes velejadas com uma equipe unida que durou nove anos”.
“Tive ainda um outro Think Sea, um MB 45, mas já para cruzeiro. As coisas vão mudando, filhos crescem e acabei me afastando das regatas. Mas depois do Think Sea, ainda velejei com o Tutinha e o Zequinha no HPE25 Pânico”, conta Rubens.
Para o diretor de vela do Ubatuba Iate Clube, Alex Calabria, existe sempre espaço para lembrar que, ao contrário do que se fala, Ubatuba é, sim um polo importante de desenvolviento da vela:
“A partir deste ano decidimos homenagear barcos e tripulações de Ubatuba que marcaram época ao vencer competições e representar nossa cidade por onde passaram. Essas homenagens começam com o ThinkSea e sua tripulação, que se destacaram como os mais vitoriosos, nas décadas de 80 e 90, trazendo grande orgulho para todos nós. Suas conquistas mostram o quanto nossos velejadores são técnicos e bem preparados, algo que é fruto das características singulares da nossa região”, completa Alex.
Ah e para finalizar, Rubens conta que o nome do barco se originou em seu filho: “foi ele quem primeiro falou ‘Think Sea’. E assim ficou. O grafismo do nome foi inspirado em um barco francês chamado “French Kiss”, um classe 12 metros, construído entre1985 e 1987 para a America’s Cup daquele ano.
Assim como o Think Sea construiu sua história na vela nacional há quase quarenta anos, hoje a gente tem a oportunidade de construir a nossa própria história na vela. A vela de Ubatuba mais uma vez mostra a sua força, juntanto, até o momento, 30 barcos para o Troféu das Ilhas. Tá quase chegando a hora!
Em sua edição 2024 o Troféu das Ilhas vai homenagear um barco que tem sua tradição ligada à vela de Ubatuba. Na verdade mais do que um barco, um “time” que tripulou quatro “Think Seas”, uma história que começa em 1986, com o primeiro, um Multimar 31, passa pelo Multimar 34, pelo Main, também 34 e se encerra com um MB 45.
Fomos conversar com os protagonistas desta história e ainda que a gente já tenha falado antes da homenagem, conversamos com Rubens “Zezé” Azevedo, com Zequinha Reis e resgatamos as memórias de Renato Kaufmann para contar brevemente a história do(s) Think Sea, que você pode ler em detalhes no site do Ubatuba Iate Clube.
Assim como no recente Mini Circuito tivemos a participação de um veleiro construído no quintal de casa do velejador Elias Lanzarini, o Troféu da Ilhas vai marcar a estreia em regata do Heart 63, um projeto igualmente construído “em casa” pelo velejador Dico Teixeira. O Heart faz parte da classe Globe 5.80. idealizada pelo velejador Don McIntyre com o barco one design criado pelo projetista polonês Janusz Maderski.
Dico conta que, diferente de outras classes transoceânicas, como a Mini, por exemplo, o foco da Globe 5.80 “é proporcionar um barco econômico, seguro, insubmergível e projetado para grandes travessias. Com a grande vantagem que é a possibilidade de construí-lo em casa”.
E foi o que fez o velejador, que aprendeu os princípios da vela adolescente, em um Holder, na represa de Nazaré Paulista. “Depois tive um Delta 26, que ficava na Bracuhy. Mas, como comecei a viajar muito, vendi o barco e sempre que queria velejar alugava um”.
“Em meio à pandemia, fui apresentado à classe pelo amigo Adriano Lazanha. Ele que me ajudou com a mão na massa na parte estrutural e foi no sítio dele, em Sousas, distrito de Campinas, que construímos o Heart, depois de eu adquirir a planta diretamente da Globe 5.80 e as madeiras do Pedro Frigo, representante da classe no Brasil.
“Desde sempre eu queria construir um barco e vi no 5.80 essa possibilidade. Aí, comprei o projeto em junho de 2020 e as madeiras logo em seguida. Começamos a construção em setembro daquele ano. Depois de construir a parte de madeira e fazer a fibra, trouxemos o barco para a Ribeira para terminar a parte de instrumentos de navegação e marinharia, que foi feita pelo Adriano Marques, do Galpão Ribeira. Foram quatro anos dedicados ao barco”.
Dico conta que realizou recentemente as primeiras velejadas com o Heart e usará as regatas do Troféu das Ilhas para aprimorar o barco.
“A ideia é entender qual a melhor performance do barco, ajustar os equipamentos e aproveitar as regatas de percurso. Vou eu, o Adriano e minha irmã Nívia. Apesar de eu velejar nunca fiz uma regata, mas sou competitivo”, brinca.
“Feita esta experiência, o objetivo é ir fazendo novas travessias cada vez mais longas e pensar se iremos participar de alguma futura regata transoceânica da Classe”, finaliza.
Vale ressaltar que o Heart 63 é o primeiro barco da Globe 5.80 construído no Brasil, mas já há outros dois em andamento. Um em Ubatuba e outro no Rio de Janeiro.
“Como disse, vamos aprimorar os equipamentos durante o Troféu das Ilhas, mas já percebi que o barco é muito legal de navegar e para quem gosta, também de construir”.
Além de dar as boas vindas ao Heart e sua tripulação, também estamos curiosos de ver o novo barco em ação. Para isso falta apenas uma semana!
O 17º Campeonato Estadual do Rio de Janeiro da Classe HPE25 será disputado nos dois próximos finais de semana, dias 14/15 e 21/22 de setembro, na Baia da Guanabara.
Neste próximo final de semama, as regatas com Estadual ocorrerão junto com as da 37ª Semana Internacional de Vela do RJ que incluem também as classe Star e J24.
As equipes da HPE25 que disputarem a regata do dia 13 de setembro, somarão pontos também para a a Semana de Vela. Aqueles que participarem apenas nos dias 14 e 15, concorrem apenas ao Estadual.
Não foi um dia fácil nem para a comissão de regatas, nem para as 29 equipes que participaram do Mini Circuito #Transformar 2024, pois o vento hoje desafiou as habilidades de todos.
Por volta do meio-dia soprava um vento do quadrante sul e a raia foi montada com linha de largada pouco adiante da saída do Saco da Ribeira, com boia de barlavento no través da Praia da Enseada, um percurso usual na região.
Largada dada, a primeira perna da regata foi, de fato, bastante disputada, apesar do vento fraco. Muitos bordos e marcação entre as equipes que não demoraram muito a cumprir o trajeto e até mesmo a encontrar um vento leste, já na segunda perna, a proximidades do continente, que levou a flotilha rapidamente para o ponto da largada.
Mas, já na terceira perna da regata, o vento diminuiu muito nas proximidades da boia de barlavento, além de começar a rondar muito na raia. Tanto que em determinado momento, tanto quem estava na última perna quanto aqueles que estavam ainda na terceira, velejavam em contravento.
Ainda assim, a primeira regata do dia terminou em pouco menos de uma hora para a Classe BRA-RGS. A flotilha da RGS Cruiser sofreu um pouco mais com o vento rondado e sua regata ainda estava em curso quando a comissão decidiu pela largada da segunda regata para a RGS.
Desta vez, em razão da torção do vento, a boia de barla estava posisionada um pouco mais afastada do continente, no rumo da saída do Boqueirão.
O vento, além de rondar bastante, também diminuiu muito de intensidade e após analisar a situação, a comissão optou por encurtar a regata, fazendo a chegada na perna de contravento.
Já eram quase três da tarde quando, sem condições e próximo do horário limite para largada, foi cancelada a outra regata prevista para a RGS Cruiser.
Ficaram na água apenas os veleiros da BRA-RGS, que conseguiram terminar a segunda regata desafiadora.
Os vencedores das duas regatas do dia de hoje, na BRA-RGS, foram o Serafim, de Peter Diedrich, e o Camorra de Zek Reis.
Em segundo e terceiro, na primeira regata, respectivamente, o Camorra e o Bruschetta, de Fabrizio Marini.
Na segunda regata, em segundo e terceiro, o Serafim e o Cisco Kid, de Norival Júnior.
A regata da RGS Cruiser foi vencida pelo Ubalegria, de Anderson Marcolin. O Alimaya, de João Paulo Guimarães e o Errejota, de Pedro Henrique Gonçalves, foram o segundo e terceiro colocados.
Resultados acumulados
O Mini Cirtuito Ubatuba #Transformar 2024 teve a vitória do Bruschetta, na geral, com o Camorra e Serafim na segunda e terceira colocações.
Na classe BRA-RGS os três primeiros foram Camorra, Bruschetta e Serafim.
Ubalegria, Errejota e Quicker, de José Willians Mendonça, foram os três primeiros colocados na RGS Cruiser.
Finalmente, na premiação especial para os veleiros da Ranger 22, vitória do Lucnan, de Ellezier Solidônio. Em segundo o Ubalegria e em terceiro o Errejota.
“Acho que por mais uma edição, o Mini Circuito teve sucesso ao mostrar que os pequenos veleiros podem proporcionar regatas muito divertidas e muito técnicas também. Tivemos embarcações não apenas de Ubatuba, como de Angra, de Santos, de Santa Catarina, velejadores do Rio, a presença do comodoro Eduardo, da Ranger 22, enfim, 29 barcos não é pouca coisa e também mais uma vez o UIC se esforçou para proporcionar uma boa estada e um bom campeonato a todos”, resume o diretor de vela do Ubatuba Iate Clube, Alex Calabria.
O domingo terminou, como não poderia deixar de ser, com a premiação às equipes e a confraternização na canoa de cerveja.
O Mini Circuito #Transformar 2024 foi uma realização do Ubatuba Iate Clube, com patrocínio master da JBA I Revela, patrocínio da BK Sails e apoio da SigaPower, Nautibelle, Postos Ímola e Mônaco, Balaio de Ideias, Classe BRA-RGS, Ubalegria e CBvela.
O nosso próximo encontro já está marcado: entre 15 e 17 de novembro acontece o tradicional Troféu das Ilhas, a última regata do UIC em 2024 para a qual estão todos mais do que convidados!
Pontualmente ao meio dia as 29 equipes das classe BRA-RGS, RGS Cruiser e Ranger 22, participantes do Mini Circuito #Transformar 2024, largaram das proximidades da Ponta Grossa, na região do Saco da Ribeira, para a primeira regata do torneio, com o objetivo de contornar a Ilha das Cabras por BE e retornar para o ponto de largada.
No momento da partida um vento sul bem fraco desafiou as equipes que tiveram que encarar uma situação ainda de corrente contrária para avançar para as proximidades da Ilha Anchieta e daí partir para a Ilha das Cabras.
A regata foi bastante técnica, com as equipes “caçando” o melhor vento para avançar no percurso. O Camorra de Zek Reis, a esta altura da prova, liderava a flotilha, com o Iguinho di Mamãe, de Raimundo Severino “Ceará”, o Sabai Sabai, de André Ubinha e o Bruschetta, de Fabrizio Marini, um pouco mais atrás, completando o grupo inicial.
Após alguma alternância de posições, Camorra, Sabai Sabei e Bruschetta foram os primeiros a contornar a ilha e encontrar o vento leste e correnteza a favor que os levou em uma bela balonada à linha de chegada.
Aliás, foi o Camorra o fita azul da regata, mas apesar de ter cruzado a linha em primeiro, a vitória no tempo corrigido ficou com o Bruschetta, seguido do Camorra e com o Lucnan, de Elezier Solidônio em terceiro, isso na classe BRA-RGS.
Na RGS Cruiser (nova denominação da Bico de Proa), a vitória no tempo corrigido ficou com o Ubalegria, de Anderson Marcolin. Em segundo, o Errejota, de Pedro Henrique Gonçalves, com o Quicker, de José Willians Mendonça em terceiro.
Neste Mini Circuito, a os veleiros Ranger 22 por serem a maior flotilha inscrita. 8 barcos, concorrem a uma premiação especial.
Desta forma, o líder da Ranger 22 ficou sendo o Lucnan, seguido do Cisco Kid, de Norival Faria Jr. Em terceiro, o Ubalegria.
O dia terminou com uma confraternização no Ubatuba Iate Clube com canoa de cerveja ao som do samba do grupo Batukada Muleke e direito a “quiz” com os velejadores que concorreram a prêmios oferecidos pela BKSails e Jab I Revela.
Este primeiro dia foi também bastante especial para a Classe Ranger 22. Com a presença do comodoro da Classe, Eduardo Mendes, e a participação dos proprietários dos veleiros competidores, foi feita a carta de fundação da Flotilha Ubatuba de Ranger 22. A nova flotilha integrará a Associação Brasileira da Classe Ranger 22 e a iniciativa da fundação de hoje será ratificada na próxima Assembleia Geral da classe.
Amanhã, segundo e último dia do camponato, com mais regatas, mas confraternizações e mais brindes, inclusive um voucher da SigaPower, durante a premiação que acontece ao final do dia.
Pensa no seguinte: você acaba de adquirir um veleiro em Caraguá já sabendo que precisará “dar um belo trato” nele. fazer aquela reforma completa, para deixar ele em condições navegáveis, do jeito que você quer. Estando em um litoral com inúmeras marinas e profissionais da área náutica você não teria dúvida né? Vai para o Alambique do Barnabé, no topo da Serra do Catuçaba, com certeza…
Desta maneira inusitada, começa a história de Rogério “Bin Laden” Fernandes com o Europa 27, “Bohemio” que vai navegar pela primeira vez no Mini Circuito #Transformar: “Nem velejei ela ainda….vai ser a primeira velejada, primera regata, batismo total”, conta Rogério, que explica a empreitada diferente para a reforma do barco:
“Eu comprei o veleiro do Nil (Nilberto, um dos sócios do Beleza Pura 2) em 2019, e estava com a grana curta para fazer a reforma. Decidi levar ele para o terreno de um amigo meu, dono do Alambique Barnabé, lá no distrito de Catuçaba, que pertence a São Luis do Paraitinga. Foi ali que iniciamos a reforma do barco”.
Rogério conta que uma das várias passagens inusitadas desta aventura foi quando o veleiro atravessou o centro da cidade, e, entre meio incrédulos e na brincadeira, as pessoas gritavam para o caminhão que o mar era do outro lado…
Mas a reforma foi feita “beeem devagar”, como ressalta Rogério. “Lá nós fizemos toda a parte da fibra, o que durou de 2019 até 2023. A essa altura o Ceará já estava dando uma ajuda por lá e em 2023 trouxemos ele aqui para a Ribeira para concluir a reforma”.
Rogério, que já foi tripulante do Sessentão e teve um Magnum 595, se diz asioso por velejar o Bohemio pela primeira vez: “ansioso pra inaugurar, conhecer, saber se veleja bem, velejar com a galera da Ribeira, muitos que fizeram parte da reforma e com a tripulação do Beleza Pura. Realização completa”.
Vale lembrar que o Bohemio, além de “Bin Laden”, contará com Felipe Degan, Marcelo Rusty e sua esposa Maíra.
Ah, e para finalizar, quando perguntado sobre porque manteve o antigo nome do barco, Rogério dá uma resposta pra lá de coerente: “com esse histórico de tripulantes, uma reforma em um alambique…. nem pensar em mudar…”
O mar nos traz inspiração, desperta motivações e não raro nos deparamos com histórias inspiradoras sobre mar e barcos. Para o comandante do veleiro Entusiasmo, Elias Lanzarini, essa relação particular se deu com a construção, durante três anos, de seu próprio veleiro, projeto do Brana (Brasil Arquitetura Naval) executado pela Elaya Design e Estaleiro Silvério, em Balneário Camburiú, SC e com mentoria da Aumar Náutica, do velejador André Ubinha.
“Sou marceneiro antes mesmo de me interessar pela construção das embarcações, algo que foi despertado durante um tempo em que passei na Califórnia, como voluntário na construção de um navio de madeira”, conta Elias.
“Embora eu já velejasse e já tivesse tido outras embarcações, foi ali que decidi que ia construir o meu próprio veleiro. Ao voltar ao Brasil, adquiri o projeto e passei a construir o Entusiasmo no quintal da minha casa. Dediquei os últimos três anos à sua construção, dividindo o espaço com os meus projetos em marcenaria.
Aliás, um parênteses. Elias desenvolve um trabalho autoral de design de móveis a partir de madeiras de embarcações que completam seu ciclo de vida: “essa inspiração veio de um acaso. Há alguns anos uma traineira de pesca afundou na Praia do Estaleiro e foi arrastada para a areia. Os donos retiraram motor, equipamentos, etc, mas a madeira da ficou lá, sendo castigada pelas ondas até que eu comecei a transformá-la em peças de design. Ali nasceu a Elaya, que trabalha com madeiras de embarcações abandonadas.”
Voltando ao projeto do Entusiasmo, inicialmente Elias montou toda a parte estrutural, “e como não sou muito bom em pintura, confiei ao estaleiro Silvério esta parte, que me entregou, assim, o casco. A partir de então construí o restante da embarcação, que ficou pronta em novembro de 2023”, completa Elias.
O Entusiasmo, um Ply 22, já conta com cerca de 850 milhas navegadas, e Elias está atualmente em Santos, se preparando para subir a costa brasileira com o veleiro.
Nessa jornada, vai se juntar a nós e participar do Mini Circuito #Transformar, nos dias 7 e 8 de setembro, no Ubatuba Iate Clube.
Vai começar! A organização do Mini Circuito #Transformar 2024 divulga o Aviso de Regata e disponibiliza a ficha de Inscrição para o evento que acontece dias 7 e 8 de setembro, no Ubatuba Iate Clube e conta com os patrocínios da BK Sails e da JAB Revela.
Nem precisamos lembrar como foram legais as regatas no ano passado, sem falar nos eventos em terra… Quem não quiser perder essa festa que este ano será ainda melhor, é bom correr para fazer sua inscrição pois os cinco primeiros vão receber brindes especiais:
A BK Sails vai dar cinco camisas polo para os comandantes, enquanto a Nautibelle vai garantir 5 kits de limpeza para você deixar seu veleiro brilhando para as fotos! Ah, e e JAB Revela ainda te ajuda a manter a limpeza do meio ambiente, dando cinco ecocars (lixeiras feitas de vela reciclada).
E vale lembrar que tem novidade este ano. Além das premiações por classe, com a BRA-RGS premiando os cinco primeiros, haverá também a premiação geral do Mini Circuito, englobando todas as classes.
Sem falar nas canoas de cerveja, nas camisetas que a JAB está preparando, nos demais brindes e sorteios, inclusive um voucher de nada menos do que R$ 2.000,00 da SigaPower.
E aguardem ainda mais novidades!
Então, bora fazer sua inscrição e garantir a presença de seu pequeno grande veleiro?
Em 1948 o Japão vivia uma grande crise, inclusive econômica. A 2ª Guerra Mundial havia terminado três anos antes e o país, ocupado pelas forças aliadas, lutava para se reerguer.
Foi nesse contexto que, em 24 de setembro de 1948, a Honda nasceu oficialmente.
Oficialmente porque o “Honda Technical Research Institute”, fora criado, dois anos antes, por Soichiro Honda e foi este instituto de pesquisas técnicas que deu origem à Honda Motor Company, que foi registrada com capital social de 1 milhão de ienes, o equivalente a cerca de 30 mil dólares nos dias atuais.
E essa história começa com uma despretensiosa visita à casa de um amigo, na qual Soichiro Honda viu um pequeno motor de 50cc, originalmente projetado para ser gerador de energia de um rádio do exército imperial.
Naquele instante, nasceu a ideia de realizar um motor Honda, que determinou o início de tudo o que estava por vir.
Soichiro Honda empregou toda sua perseverança para adaptar o tal motorzinho à uma bicicleta. Apesar de não mais ser mais fabricado à época, Soichiro conseguiu 500 deles e seu trabalho não se resumiu em apenas adaptá-los às bicicletas.
Já com a tabuleta “Honda Technical Research Institute” na porta do modesto barracão com algum ferramental, Soichiro e uma dezena de colaboradores modificaram tais motores, corrigindo imperfeições e realizando testes de rodagem antes de vendê-los.
Misto de piloto de teste e garota propaganda, Sochi,a esposa de Soichiro, a pedido do próprio rodou com o primeiro protótipo do motor adaptadoà sua bicicleta para cima e para baixo da pequena cidade de Hamamatsu. Ela apontou alguns problemas – suas calças ficaram sujas de óleo misturado com gasolina que vazava do carburador..
Soichiro resolveu o problema do carburador e as andanças de Sochi com a exótica bicicleta motorizada, para testes e mais testes foram a melhor propaganda da novidade.
Os clientes começaram a aparecer na porta do Honda Technical Research Institute, gente não apenas de Hamamatsu mas também de Nagoya, Osaka e Tóquio. Este foi o verdadeiro início da Honda.
A história da Honda no Brasil
4 de novembro de 1976. Foi neste dia que em Manaus, AM, a primeira moto Honda fabricada no Brasil saiu da linha de montagem. Para contar como e por qual razão a Honda decidiu fabricar motos na amazônia é necessário dar uma marcha a ré de cerca de cinco anos no tempo, voltando até outubro de 1971.
Foi naquele mês e ano que, em um modesto predinho no bairro da Pompéia, em São Paulo, a Honda inaugurou sua primeira subsidiária no Brasil – uma importadora – destinada a receber caixas com motos prontinhas trazidas diretamente do Japão.
A marca Honda então já era razoavelmente conhecida dos brasileiros, pois desde a metade dos anos 1960 importadores independentes vendiam alguns modelos no mercado nacional, motos que logo ganharam boa fama principalmente pela tecnologia, robustez e confiabilidade mecânica.
Em pouco tempo a entrada oficial da Honda no Brasil se comprovou um excelente negócio: as poderosas CB 750 Four, 500 Four e CB 350 viraram objeto máximo dos desejos dos motociclistas mais experientes, enquanto as pequenas CB 125, ST 70 e CB 50 formavam uma legião de novos fãs do guidão. Ter uma Honda era o máximo, não só pela qualidade da moto em sí mas também pelo caprichado pós-vendas, disponibilidade de peças de reposição e mecânicos bem treinados para seguir a excelência do produto.
Foi nesse clima que o fundador da empresa, Soichiro Honda, decidiu vir ao Brasil em pessoa, no final de 1973. A viagem tinha propósitos múltiplos: ver seus negócios de perto, conhecer um pouco melhor o país e reencontrar um amigo de longa data, um conterrâneo, radicado no Brasil desde o finalzinho dos anos 1930.
O amigo Yasutomo Kato e esposa ciceronearam Soichiro e sua esposa Sachi. Os casais visitaram Brasília, Foz de Iguaçu e boa parte do estado de São Paulo, lugar que naquela época concentrava praticamente toda a indústria automobilística brasileira.
Honda-san gostou do que viu e ouviu de seu amigo Kato, um entusiasta do Brasil, e decidiu comprar uma área de 1,7 milhões de m2 na região de Sumaré, a poucos quilômetros da capital paulista. Qual era a idéia? No futuro construir uma fábrica Honda motos no Brasil.
Em meados de 1975 uma “canetada” dada em Brasília trouxe o futuro para o presente, e fez Soichiro antecipar os planos: a legislação das importações mudara e, do dia para noite, foi proibido trazer qualquer tipo de veículo – carro ou moto – do exterior. A operação da Honda no Brasil teria que mudar e havia apenas duas alternativas, fechar ou fabricar.
Felizmente a opção foi a nº2. A necessária rapidez para montar a fábrica fez a escolha recair em Manaus, local onde a política de incentivos fiscais para a instalação de indústrias e importação de maquinário e equipamentos por conta da Zona Franca era sedutora.
A toque de caixa uma fábrica foi construída, e os problemas foram sendo resolvidos um a um: não tem estrada? A produção viajaria por rio, 1.600 km até Belém do Pará e, de lá, por caminhão para onde for. Não existem fornecedores de motopeças em Manaus? A empresa fabricaria praticamente todos os componentes internamente.
A primeira moto Honda fabricada foi a CG 125: derivada da CB 125S japonesa, a CG nacional repetia as qualidades dinâmicas do modelo importado, só que oferecendo maior robustez. A CG logo conquistou a preferência dos brasileiros, e desde seu lançamento é a motocicleta mais vendida do Brasil.
A fábrica da Honda em Manaus superou todos os desafios e hoje não só a produção ainda é escoada por via fluvial como permanece muito verticalizada: a não ser pelos pneus e outros poucos componentes, tudo aquilo que compõe uma Honda “made in Manaus” é produzido internamente.
A fábrica de Manaus é a maior da empresa dedicada exclusivamente à fabricação de motos no planeta e sua história espelha a perseverança e visão de futuro de Soichiro Honda, assim como o real sentido do slogan da empresa, o Poder dos Sonhos. Sim, por que se a razão prevalecesse sobre o de sonho, a fábrica da Honda em Manaus e a própria Honda não existiriam…
A história da Honda CG 125
Nos anos 70 e 80, as motocicletas que rodavam nas ruas do Brasil eram poucas e não é exagero dizer que 100% delas, ou algo bem perto disso, eram usadas para o lazer. Das pequenas cinquentinhas à poderosas 750, poucos de seus felizes proprietários as usavam como meio de transporte e menos ainda para o trabalho. Enfim, moto era curtição de alguns poucos..
Mas aí chegou a CG 125 e tudo mudou. Não foi de repente, mas foi bem rapidamente. Para começar, a Honda acertou na mosca quando estabeleceu que sua primeira moto não deveria ser uma cinquentinha, mas sim, uma bem mais potente 125. Isso fez da CG a moto mais adequada ao nosso território, capaz de funcionar bem tanto nas cidades planas como naquelas cheias de ladeiras.
Segundo ponto importante? A fama pregressa da Honda no Brasil. Desde o final dos anos 1960, o brasileiro reconhecia a Honda como uma empresa que produzia as motos mais robustas entre todas, especialmente as rápidas CB 125S ou as luxuosas CB 125 bicilíndricas, objetos do desejo de muitos, mas ao alcance de bem poucos.
Se comparada a estas “Made in Japan”, nossa CG 1976 não devia nada, somente um verdadeiro “chato” seria capaz de apontar alguma desvantagem em relação às 125 importadas. A CG trazia detalhes como: o painel com conta-giros, a trava de capacete, tampa de combustível com chave e o elevado padrão típico das Honda em detalhes idênticos aos de Honda importadas.
O restante do “serviço” que garantiu à CG 125 seu incrível e praticamente instantâneo sucesso, foi o boca a boca. A informação passada pelos primeiros clientes que atuaram como garotos de propaganda da novidade, confirmando o que nem era preciso – mas foi fundamental – confirmar: a Honda fabricada na Amazônia era equivalente à produzida no Japão. Aliás, até melhor, pois foi adaptada às condições locais, ao piso ruim e ao desconhecimento de preceitos básicos de manutenção.
Enfim, a CG resistiu ao Brasil, encantou os brasileiros e virou aquilo que ela ainda é: uma lenda sobre rodas, um sucesso incomparável, a primeira moto de muitos e a queridinha de todos nós.
As asas da Honda e as primeiras motos
Soichiro Honda fundou sua empresa em 1948, mas mesmo antes disso as asas que caracterizam o logotipo da Honda já faziam a cabeça do dinâmico empreendedor japonês voar.
Como todos de seu tempo, Soichiro foi muito influenciado pela mitologia grega e seus significados, especialmente pela deusa Nike, cuja imagem é representada por uma mulher alada portando uma coroa de louros. Foi dali que veio a inspiração para o primeiro logotipo da Honda.
Obcecado por vencer, seja nas pistas ou comercialmente, para Soichiro Honda a deusa grega da vitória pareceu perfeita para ser associada à imagem de sua empresa. Já em 1947, antes mesmo da fundação formal da Honda Motor Co. as bicicletas motorizadas de Soichiro – sua primeira incursão no mundo da mobilidade – traziam a deusa alada no logotipo.
Uma deusa alada em amarelo, nome Honda em letras vermelhas em um fundo azul é o logotipo que aparece naquela que é considerada a primeira motocicleta Honda de fato – por não ter pedais de bicicleta como as anteriores –, a Dream Type D. Tal emblema durou até a chegada da Benly J-Type, que estampava no tanque duas asas estilizadas.
Sim, a imagem da deusa Nike sumiu deixando apenas suas asas no emblema da Honda, como que dizendo “vocês já estão voando sozinhos, não precisam mais de mim!”. Uma grande verdade, pois o sucesso da tecnologia Honda estava prestes a tornar a marca uma potência mundial.
Foi através da Benly que, já em 1955, a Honda assumiu a asa única como logo. A palavra “Dream” vinha grafada sob a asa em alguns modelos, em outros apenas as letras “HM”, de Honda Motors. Tais variações vinham acompanhadas de ligeiras alterações no formato da asa.
O começo dos anos 1970 traz uma evolução no design do emblema que, de um modo geral, é o que perdura até hoje: asa estilizada surgiu acima do nome Honda. E não demorou nada para que letras e símbolo da Honda se fundissem em uma coisa só, formando um logo forte, como a própria história da empresa. Das adversidades do Japão arrasado na 2ª Grande Guerra à liderança mundial o tempo literalmente voou, e nas pistas e revendas de todo o planeta a Honda literalmente fez jus à suas asas da vitória.
As primeiras motos Honda do Brasil
No finalzinho dos anos 1960, a primeira moto da Honda começou a ser vendida no Brasil. Aliás, as primeiras: modelos com motores de 50, 65 e 90cc que simplesmente revolucionaram o mercado.
Até então, as motos de baixa cilindrada eram todas equipadas com barulhentos motores 2 tempos, cujo funcionamento exigia a adição de óleo à gasolina, o que tinha como consequência a emissão de uma desagradável fumaça de odor forte pelo escapamento.
As Honda, por terem motores 4 tempos, não só eram bem mais silenciosas como não faziam fumaça, o que definitivamente chamou a atenção. Outra qualidade das motos da Honda era a grande qualidade construtiva e o excelente acabamento, que atraia o olhar e resultava em uma durabilidade excepcional.
Logo as novidades da Honda, importadas por representantes oficiais – a COBRI, de São Paulo – invadiram as ruas de todo o Brasil. Viraram “moda”, e todos queriam ter uma, sendo que o modelo de 50cc (cuja denominação oficial era C110) podia ser pilotado por menores de 18 anos sem necessidade de habilitação, de acordo com a legislação vigente da época.
Vermelhas, pretas ou brancas, a Honda 50 (C110) e a Honda 65 (CS 65), foram os modelos mais populares destes fase inicial da Honda no Brasil, mas também foram importadas as motonetas CM 50 e CM 90, antecessoras da nossa C 100 Dream, caracterizadas por terem proteções plásticas para as pernas e a embreagem automática.
As Honda 50, 65 e 90 elevaram o padrão técnico vigente com seus motores OHC e câmbio de quatro marchas, característica que era uma exclusividade das motos de alta cilindrada da época (acima dos 250-300cc), e literalmente, serviram como verdadeira moto-escola informal para muitos.
Na verdade, foi através destas primeiras Honda que as motos começaram a fazer parte da lista dos desejos de cada vez mais jovens da época. Não era difícil alugar uma Honda 50 ou 65 para voltinhas de meia hora ou uma hora nas grandes capitais ou em cidades de veraneio em período de férias.
Com a cumplicidade do trânsito tranquilo, fiscalização branda e nenhuma exigência de capacete, era muito fácil montar em uma Honda, sem ter nenhuma experiência além da bicicleta; foi o que fizeram muitos que hoje, do alto dos seus 60 ou mais anos de idade, relembram daquela época com saudade.
As Honda 50 e 65 foram as motos da “primeira vez” de toda uma geração. E, como sabemos, da primeira vez a gente nunca esquece…